Claramente disposto a demonstrar uma face que por vezes é escondida por debaixo do tapete, o longa se destaca por ser ousado e apresentar elementos pouco convencionais nas obras religiosas (não que esta seja uma, longe disso – o enredo está mais para um resgate histórico do que um filme religioso). Cruel e forte em inúmeros momentos, o longa francês impacta, mas nem por isso buscou ser menos real do que certamente deve ter sido naquele tempo, marcado por atrocidades, doenças (dentro e fora dos corações), além da ‘construção’ do império cristão como o conhecemos hoje.
Repleto de imagens e cenas chocantes, a violência e o sexo (e muito mais) estão presentes (assim como sempre tiveram na história humana), no enredo apresentado. Assim, tire as crianças da sala (bem como os demais familiares que estão habituados a frequentar ritos religiosos, pois certamente se sentirão ofendidos e ainda lhe acusarão de heresia e blasfêmia).
Com base em uma história verídica, a história se passa no século XVII. Benedetta Carlini (Virginie Efira) é uma freira italiana que faz parte de um convento na Toscana desde sua infância. Perturbada por visões religiosas e eróticas, Benedetta é assistida por Bartolomea (Daphne Patakia), sua companheira de quarto. A relação entre as duas se transformará em um romance conturbado, ameaçando a permanência das irmãs no convento.
Escrito por David Birke, Pascal Bonitzer, Paul Verhoeven e Judith C. Brown, o filme estreou no Festival de Cannes 2021 em competição para a Palma de Ouro. O elenco traz Virginie Efira, Lambert Wilson, Daphne Patakia, Charlotte Rampling, Olivier Rabourdin, Clotilde Courau, David Clavel, Hervé Pierre, Louise Chevillotte, Guilaine Londez, Lauriane Riquet e Nicolas Gaspar.
O trailer pode ser conferido aqui.
