Pois bem, o filme em questão é mais um exemplar genuíno de suspense psicológico e mistério, e que merece ser assistido. Admito que comecei sem dar muita importância, pensando ser mais um suspense genérico (já que, vamos combinar, mensalmente surgem inúmeros). Mas me esqueci de dois detalhes importantes: de onde o filme tinha vindo e o seu respectivo diretor… Então, qualidade total!
Situado em 1979, a trama nos apresenta Alice Gould (Bárbara Lennie), uma investigadora particular, que entra em um hospital psiquiátrico Nossa Senhora da Fundação, simulando paranóia para reunir evidências do caso em que está trabalhando: a morte de um interno em circunstâncias pouco claras. No entanto, a realidade que ela enfrentará em seu confinamento superará suas expectativas e colocará sua própria sanidade em cheque. Um mundo desconhecido e emocionante aparecerá diante de seus olhos. O rumo que os acontecimentos tomarão a fará passar de detetive a suspeita em um jogo de gato e rato, em que nada é o que parece ser. Alice perceberá que está no centro de uma conspiração sombria e que precisará lutar contra tudo e contra todos, a fim de provar sua sanidade.
Dirigido por Oriol Paulo, que foi responsável por outros sucessos que merecem menção (“Los ojos de Julia”, “El cuerpo”, “Secuestro”, “Contratiempo” e “Durante la tormenta”), o longa seu roteiro a cargo do trio Guillem Clua, Oriol Paulo e Lara Sendim, e é baseado na obra “Los renglones torcidos de Dios” de Torcuato Luca de Tena, lançada em 1979.
A obra já foi adaptada para o cinema, sendo que anteriormente a produção foi mexicana, em 1983, trazendo inclusive o mesmo nome.
O elenco traz Bárbara Lennie, Eduard Fernández, Loreto Mauleón, Javier Beltrán, Pablo Derqui, Samuel Soler, Federico Aguado, Adelfa Calvo, Covadonga Berdiñas, Antonio Buil e Francisco Javier Pastor.
As Linhas Tortas de Deus está disponível na Netflix. O trailer pode ser visto aqui.