A demência é algo que a ciência ainda não consegue explicar de forma clara. Paradoxalmente conseguimos ir tão longe avançando pelos confins do universo mas não conseguimos nos aprofundar tanto assim em nosso próprio cérebro. Talvez até tenhamos aprofundado (obviamente temos que reconhecer os avanços da ciência em diversas áreas ligas a questões neurológicas), mas muitos segredos continuam lá, guardados e ainda sem solução. Síndromes diversas abrigam este que é um terreno arenoso e ao mesmo tempo místico para muitos. Notadamente percebido por muitos como a morada de deus ou mesmo onde o divino se forma. É morada dos sentimentos e desejos, anseios e pensamentos. Estranhamente é morada do bem e do mal, e neste caso, da demência também.
O longa Sanremo conta a história de Bruno (Sandi Pavlin) e Duša (Silva Čušin), que moram em um asilo. Eles se encontram ocasionalmente e passam um tempo juntos, mas sempre esquecem que se conhecem. No entanto, eles estão sempre felizes em se encontrarem novamente.
Sanremo fala por meio de imagens suaves que esboçam o cotidiano de um protagonista demente, mas muito vivo. Assim como a demência passa entre a infância e a velhice, o filme revela a vida em uma casa de repouso por meio de uma mistura de momentos lúdicos e episódios dolorosos.
O juri também destaca que
A reflexão poética do filme aborda a velhice e as enfermidades e enfermidades que ele traz com respeito, paciência, sensibilidade e cordialidade.
O elenco traz Sandi Pavlin, Silva Cusin, Boris Cavazza, Doroteja Nadrah e Mojca Funkl.
