Após assisti-lo corri para ler a respeito da história real por trás do filme e realmente fiquei impressionado do que um engenheiro empenhado em bater de frente com o sistema vigente foi capaz de fazer, e claro, mesmo o tal engenheiro não estando consciente das possíveis consequências de seus atos. É um filme que nos faz refletir sobre nossas escolhas, nosso papel na sociedade e também sobre como nossas atitudes podem ajudar a mudar o mundo em que vivemos.
O longa conta a história real do engenheiro italiano Giorgio Rosa que criou a República da Ilha das Rosas, uma micro-nação de curta duração em uma plataforma feita pelo homem no Mar Adriático, 11 km (6.8 mi) largo da costa da província de Rimini, Itália. Giorgio Rosa, que se autoproclamou seu presidente e o declarou estado independente em 1º de maio de 1968. Como toda nação que se preze, a Ilha das Rosas tinha seu próprio governo, moeda, correio e estabelecimentos comerciais, bem como uma língua oficial, o Esperanto. No entanto, nunca foi formalmente reconhecido como um estado soberano por nenhum país do mundo.
O roteiro se passa nos anos 1960, na Itália, em uma época da contracultura e movimentos estudantis. É neste períoo que conhecemos Giorgio Rosa (Elio Germano), um engenheiro talentoso que insiste em pensar “fora da caixa”. Ele construiu o seu próprio automóvel, exatamente por recusar-se a comprar um exemplar de montadora. Giorgio Rosa se mostra como um verdadeiro idealista, alguém que está disposto a querer mudar a realidade quando ela não lhe agrada, e é exatamente isso que faz quando decide construir sua própria ilha na costa italiana e a declarar uma nação, exatamente por estar insatisfeito com as leis e conceito de nação que ele tem de seu próprio país, a Itália. Ele desenvolve um plano para construir uma espécie de plataforma marítima (em seus meros 400 metros quadrados), devidamente fora das águas territoriais italianas. Mas construir uma ilha de aço não será tarefa fácil e o Giorgio Rosa sentirá na pele tais dificuldades. Depois de pronta, a ilha para a abrigar refugiados, visitantes, além de turistas. O caso vai parar na ONU nas mãos do dignitário Jean Baptiste Toma (François Cluzet). Enquanto o governo italiano considera a hostil a decisão de Giorgio Rosa e o declara inimigo, o engenheiro idealista irá mostrar que para mudar o mundo é preciso correr certos riscos.
A direção fica a cargo de Sydney Sibilia, que também assina o roteiro com Francesca Manieri. O elenco conta com Elio Germano, Matilda De Angelis, Leonardo Lidi, Fabrizio Bentivoglio, Luca Zingaretti, François Cluzet, Tom Wlaschiha, Alberto Astorri, Violetta Zironi, Ascanio Balbo, Marco Pancrazi, Fabrizio Rongione, Andrea Pennacchi, Federico Pacifici, Christian Ginepro e Luca Della Bianca.
A Incrível História da Ilha das Rosas está disponível na Netflix. O trailer pode ser visto aqui.
